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segunda-feira, 22 de novembro de 2010

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A+ PatrocínioHomeColunistas > Dra Maria da Glória GimenezO Perdão e a Qualidade de VidaMaria da Glória G. Gimenes (Psico-Oncologista) Última atualização: 02/06/2010





Mágoas e ressentimentos podem ser tão marcantes para algumas pessoas, que nem mesmo o passar do tempo parece amenizar o sofrimento.



Muitos de nós já ouvimos que errar é humano e perdoar é divino e ficamos com a impressão de que precisamos ser especiais ou dotados de alguma divindade para podermos perdoar. E assim, conseguirmos nos libertar da dor causada por eventos que geraram mágoas ou ressentimentos.



Outras vezes, mantemos o sofrimento por acreditar que este representa uma marca que jamais poderá ser apagada.



Sabe-se hoje, que mágoas antigas causam no presente, constante sofrimento que afeta negativamente o nosso bem estar físico, emocional e espiritual, ou seja, nossa saúde e qualidade de vida.



O melhor remédio para curar todo mal estar causado por mágoas e ressentimentos é o perdão. Este não é espiritual, sobrenatural ou esotérico. Na verdade é uma habilidade que pode ser aprendida.



Definição de Perdão



O perdão significa assumir a responsabilidade por como nos sentimos e a decisão de nos libertar de sentimentos dolorosos e afetivos.



O perdão pode ser também definido como uma experiência de paz e compreensão que pode ser sentida no momento presente.



Perdoar não significa esquecer ou negar as coisas dolorosas que aconteceram, mas, a decisão de que coisas ruins não estragarão o nosso presente, mesmo que possam ter estragado o nosso passado.



Nos últimos anos, estudos científicos demonstraram que a habilidade para perdoar reduz a depressão, aumenta a esperança, diminui a raiva, melhora a conexão espiritual, eleva a autoconfiança e ajuda a cicatrizar as feridas dos relacionamentos.



A Origem da Mágoa



Se lidarmos bem com a experiência adversa, a mágoa poderá ser evitada. Caso contrário, a consequência é uma mágoa frequente lembrando e repetindo o sofrimento ocorrido no passado.



A Psicologia Cognitiva afirma que a forma como pensamos ou como nos lembramos de uma situação afeta diretamente o modo como nos sentimos. Assim, se pensamos constantemente em coisas ruins ou lembramos eventos dolorosos, geramos sentimentos depressivos, alimentando a tristeza e a desesperança. Esses sentimentos por sua vez, podem provocar sintomas físicos e doenças diversas.



O perdão, sob a ótica da Psicologia Cognitiva, pode ser compreendido como uma estratégia de enfrentamento para lidar com o sofrimento frente à adversidade. E, como qualquer estratégia de enfrentamento, pode ser aprendida.



Aprendendo a Perdoar



Precisamos aprender, em primeiro lugar, a equilibrar o lado impessoal do sofrimento com o lado pessoal. Isto significa que este sofrimento não é exclusivo, mas que pode acontecer com um grande número de pessoas.



Por outro lado, existe o aspecto pessoal do sofrimento, que diz respeito ao modo particular de cada um de nós enfrentarmos o que consideramos injusto, frustrante e doloroso. Em segundo lugar, é importante que aprendamos a nos responsabilizar por como nos sentimos quando alguém nos faz sofrer.



Finalmente, é preciso aprender a transformar uma história sobre mágoas e ressentimentos em uma história sobre perdão na qual nos tornamos vencedores e não vítimas incapazes de enfrentar o sofrimento.



Em síntese os principais passos para conseguir perdoar são:



• Assumir um sofrimento em termos menos pessoais.

• Assumir a responsabilidade por como nos sentimos.

• Transformar uma história de vitimização em uma de vitória.



Há algumas atitudes que podem facilitar a possibilidade de conseguir perdoar. A primeira coisa a fazer é focalizar em tudo de bom que existe ou que acontece em nossas vidas. Esta estratégia nos permite contrabalançar os eventos negativos presentes ao longo da vida.



Outra sugestão refere-se a desafiar as nossas crenças irrealistas que geralmente são constituídas por um conjunto de regras não-executáveis. Regras não- executáveis referem-se ao desejo ou à esperança que sentimos por alguma coisa boa que se converte em expectativa ou exigência.



Um bom exemplo pode ser o da mulher que almejava um marido atencioso, mas transforma esse desejo numa exigência de um bom marido, praticamente perfeito.



É também interessante, mudarmos em nossa mente o verbo querer conseguir para esperar conseguir. Assim, deixamos aberta a possibilidade de não conseguir o que queremos e ficaremos menos frustrados e mais prontos para enfrentarmos o ocorrido.



Conclusão



Todos nós desde que nascemos, vivemos experiências relevantes que moldam nosso sistema de crenças registradas no inconsciente e influenciam a maneira como estruturamos a nós mesmos e ao mundo. Somado a isso, a cada nova vivência desenvolvemos crenças básicas e pressuposições intermediárias que serão usadas para interpretar esses eventos. São justamente esses pensamentos que agirão sobre a qualidade e a intensidade de nossas emoções que por sua vez causarão um impacto significativo em nossa saúde e qualidade de vida.



Portanto, é fundamental que estejamos atentos para detectar, questionar e alterar pensamentos crenças e atitudes que restringem nosso convívio social e causam emoções capazes de gerar intensos sofrimentos e mágoas.



Aprender a enxergar o melhor da vida e a contatar o melhor de nós e o melhor dos outros, é o caminho mais simples e verdadeiro de encontrar sentido na vida e vivê-la com saúde e alegria.





Saiba maisO Perdão e a Qualidade de VidaImpacto da Espiritualidade na Qualidade de Vida de Pacientes Oncológicos.

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